terça-feira, 10 de novembro de 2009

Montanha russa fora dos trilhos...

Sempre quando acordarmos pela manhã esperamos algo novo do dia. Algo que nos surpreenda; algo que simplesmente nos coloque no mapa. Mas, nem sempre isso acontece. Aliás, raramente isso acontece. Raramente vivemos um dia de alegria plena e precisamos sempre de um motivo para isso. Será por que passamos 24 horas insatisfeitos com a vida ou uma vida inteira de frustrações conformadas? Nunca vamos aprender a ser feliz. Talvez, seja nossa a culpa da alegria durar um tempo ridículo quando comparada a tristeza que nos prende no nosso mundo ou no quarto fechado por dias. Sempre precisamos de um motivo pra ser feliz. Sempre precisamos de um elogio, de um abraço, de uma promoção, de algo grátis, de algo barato, de algo fútil. De algo... E quando isso acontece, UAU! Que dia! A tempos isso não me acontecia. Ganhei algo, alguém me deu um abraço, aproveitei uma promoção. Mas, nem sempre precisamos de um motivo para estar triste, de mau humor. Mesmo porque, hoje em dia isso é fácil. Ficar irritado está cada dia mais fácil. Estamos acostumados ao silêncio da pessoa ao lado;ombro a ombro. E até ficamos irritados com a falta de silêncio da pessoa ao lado que não para de falar. Afinal, qual o nosso equilíbrio sobre este assunto? Essa montanha russa fora dos trilhos que chamo de sentimentos, e que aparentemente só desce para a tristeza, faz o looping da raiva, passa pela curva das preocupações sem fim e depois sobre alguns minutos a felicidade para começar tudo de novo. No fim das contas penso que não exercitamos a alegria, e não digo da alegria besta e sem motivos (embora essa faça muito bem). Falo sobre a alegria inteligente, em que, a nossa alegria vai morar na felicidade do outro. Alegria impaciente, em que, não desistimos da felicidade do outro, enfim. Meu conselho para quem está triste é: invista e insista na felicidade alheia.